Na
Primeira Conferência Interamericana sobre Ensino de Física realizada no
Rio de Janeiro em 1963, o físico norte-americano Richard Feynman
discutiu o problema do ensino de Física na América Latina e nessa
ocasião apontou as dificuldades que impedem o surgimento de físicos
criativos no sistema educacional brasileiro. As dificuldades apontadas
por Feynman foram: o aluno estudar simplesmente para fazer
provas; a estrutura burocrática das universidades e, também, a falta de
incentivos para aqueles que querem realmente ensinar e pesquisar fora
da universidade. Os autores do presente trabalho, como bolsistas do
PIBID de Física da UECE-FECLI, por muito tempo desenvolveram suas
atividades na escola Liceu de Iguatu Dr. José Gondim, e constataram que
as observações feitas àquela época por Feynman valem para escolas de
nível médio ainda hoje. A escola em foco apresenta problemas semelhantes
aos apontados pelo físico americano. Depois de destacados tais
problemas, fica a sugestão: a criação de vínculos maiores entre as
Universidades e as escolas de ensino médio, para melhorar a qualidade
dos professores e alunos através da pesquisa. Programas como o PIBID e o
PIBIC Ensino Médio já são um grande passo, cabendo aprofundá-los e
ampliá-los. Com isso, espera-se eliminar a artificialidade de se estudar
para fazer provas e concursos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário