Uma equipe internacional de astrônomos mediu, com precisão inédita, após quase uma década de observações, a distância entre a Via Láctea e uma de suas vizinhas mais próximas, a Grande Nuvem de Magalhães, e concluiu que ela fica a 163 mil anos-luz. O resultado será publicado na próxima edição da revista “Nature”.
Segundo Wolfgang
Gieren, da Universidade de Concepción, no Chile, um dos líderes da pesquisa, o
resultado tem uma margem de precisão de 2%. O trabalho pode ajudar a
determinar melhor a constante de Hubble, - a taxa de expansão do Universo - e
compreender a energia escura, que faz acelerá-la. Os pesquisadores determinam o
tamanho do universo medindo primeiro às distâncias a objetos próximos e,
depois, as usam como escala para estimar distâncias maiores.
Uma vez que as
estrelas da Grande Nuvem de Magalhães são usadas para fixar a escala de
distâncias a galáxias mais distantes, a medição apresentada agora é considerada
muito importante pelos autores.
Os astrônomos conseguiram
fazer o cálculo mais preciso da distância até a Grande Nuvem de Magalhães
observando pares raros de estrelas, chamadas binários de eclipse. Essas
estrelas orbitam uma em torno da outra e, assim, vão passando também uma na
frente da outra.
Quando isso
acontece, visto da Terra, o brilho conjunto de cada binário diminui numa
determinada proporção quando uma estrela passa em frente da outra, e em outra
quantidade quando a mesma estrela passa por trás de sua companheira.
Ao detectar as
variações no brilho e medir a velocidade orbital das estrelas, é possível
determinar o tamanho delas, as suas massas e as características das suas
órbitas. Combinando estes dados com medições do brilho total e da cor das
estrelas, podem ser determinadas distâncias muito precisas.
Maiores informações na "Revista Nature"
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